Uma sensação estranha,
como se a vida estivesse desfilando na minha frente
suas infinitas possibilidades
e eu desempenhando apenas o papel de espectadora.
Medo dessa pressa insana do tempo,
que rouba nossos instantes
e carrega nossos sonhos para lugares cada vez mais distantes.
Não estou acostumada com essa temperatura morna
exalando em meus poros,
porém neste momento não consigo evitá-la.
Quero ferver novamente...ou congelar,
ser a mulher feita de extremos que sempre fui,
quero de volta minha capacidade de se emocionar com pequenas coisas,
meus exageros,
minha intensidade
e tudo mais que não sejam
esses dias cinzas e frios, sem chuva nem sol,
que têm amanhecido em mim.