Eu vejo as coisas se movendo, pessoas andando, carros passando.
A vida seguindo, normalmente, rapidamente, mecanicamente.
Algumas coisas me assustam, tais como a idade que chega,
o tempo que vai e as lembranças que ficam.
Às vezes eu tenho medo.
Medo da vida passar rápido demais e eu não realizar o que eu sonho,
não viver o que eu quero, não sonhar com o que eu vivo.
Mas logo passa.
Tudo passa.
Eu penso demais.
Geralmente eu penso demais e ajo de menos,
outras tantas vezes eu ajo demais e penso de menos.
Até o momento pouco me arrependo,
e se arrependo, é sempre do que não fiz, do que não disse, do que não cogitei.
O que faço, mesmo quando impensado, ainda é o certo.
Pareceu certo, foi certo, ao menos naquele momento.
Não guardo telefones, não guardo mágoas.
Guardo pequenas lembranças, pesadas memórias e uma ou outra cicatriz.
Sou o que sou, porque simplesmente ainda não aprendi a ser outra.
Sou boa parte do que quero ser, e isso se chama accomplishment.
Sou fragmento do que vi, do que vivi e do que sonho.
Sou forte demais, frágil demais, pequena, grande e por vezes infinita.
Mas ainda assim caibo em mim.
(retirado deste BLOG)